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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tem gente no Parque, deve haver gente no Parque

Resolvi criar este post para divulgar o vídeo “Tem Gente no Parque” produzido pelo meu grande amigo Cris (Cristiano Barbosa nos documentos) em parceria com a Nara Sbreabow, que trata com muita sensibilidade poética do conflito latente entre o Parque Nacional da Serra da Canastra e a população vivente no entorno da Unidade de Conservação.
A origem do conflito está numa prática perversa dos órgãos governamentais brasileiros, que ao longo de muitas décadas vem criando “parques de papel”, ou seja unidades de conservação criadas por decreto que dificilmente são implementadas, por falta de recursos orçamentários para a justa indenização dos proprietários.
O Parque da Serra da Canastra é um caso simbólico. Criado em abril de 1972 com a finalidade principal de proteger a nascente do rio São Francisco, o decreto assinado pelo general Médici estabelecia um Parque de Papel com 200 mil hectares, no entanto, devido ao custo das indenizações a área original foi reduzida para os atuais 71.500 hectares. Além da nascente do Velho Chico, devemos lembrar que a nascente do rio Araguari também está nos domínios do Parque.
Ocorre que em 2005, o IBAMA aprovou um novo Plano de Manejo para o Parque, que estabelece a ampliação da Unidade de Conservação para os tais 200 mil hectares que nunca saíram do papel, mas a população que vive na região afetada foi negligenciada durante todo o tempo.
Assistam o vídeo e comecem a pensar em visitar a Canastra, um das paisagens mais encantadoras do Cerrado Brasileiro. Vou preparar outro post sobre o tema.

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